Taturanas: todo o cuidado é pouco
Publicado em 23/12/2015 às 00:00
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Quem não curte aproveitar as temperaturas em alta do verão, em uma boa sombra? Acontece que é nesse período que as lagartas do gênero Lonomia, conhecida popularmente como taturanas, estão presentes em maior quantidade. Essas lagartas se desenvolvem especialmente nas épocas mais quentes do ano causando grande incidência de acidentes. De acordo com a secretária estadual, acidentes com animais peçonhentos (serpentes, aranhas, escorpiões e lagarta taturana) representam 44% das intoxicações atendidas pelo plantão permanente. As taturanas podem ser encontradas em árvores frutíferas como abacateiros, coqueiros, pessegueiros e também em pequenos arbustos ou plantas ornamentais. A taturana mede de cinco a sete centímetros, mas apesar do tamanho pequeno seu veneno pode até matar uma pessoa. Ela possui cerdas por todo seu corpo, de onde sai o veneno. Caso de Ametista do Sul Foi divulgado nesta semana o caso de Glenda da Silva Rodrigues, que ingeriu a larva da lagarta que estava dentro de uma amora. O fato trouxe à tona o assunto, que estava sendo deixado um pouco de lado pela população. A menina de 13 anos, moradora de Ametista do Sul, teve uma das pernas amputada devido a complicações causadas pelo veneno da lagarta. O incidente ocorreu na localidade de Barreirinho, interior do município, no final do mês de setembro. A menina teve de ser internada após apresentar vários sintomas: dores de cabeça, na garganta, vômitos e fraqueza no corpo. No dia 25 de setembro, a menina foi encaminhada ao Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, em estado grave. Lá foi medicada, mas a infecção já havia atingido todo o corpo da adolescente, que apresentava marcas escuras nos pés, hemorragia e tinha dificuldade de respirar. Após 17 dias internada em Passo Fundo, a situação se agravou e a perna esquerda de Glenda teve que ser amputada devido à infecção. A menina ficou internada por mais de 45 dias. Hoje, a menina está em casa e recebe acompanhamento dos profissionais do município, sendo que vai a Passo Fundo semanalmente. Além de receber curativos todos os dias, psicólogos e fisioterapeutas também prestam atendimento. A família aguarda o fim do tratamento para encaminhar o processo de aquisição de uma prótese. O que fazer quando ocorre o contato com a taturana A enfermeira responsável pela imunização de epidemiologias em Frederico Westphalen, Rafaela Albarello, alerta para alguns cuidados indispensáveis em caso de contato com o animal. “A taturana, quando entra em contato com a pele do ser humano, provoca, na maioria dos casos, dor intensa do tipo queimação, edema (inchaço) no local e vermelhidão”, explicou. – Quando isso acontecer, é preciso lavar com água corrente a região em que as cerdas da lagarta entraram em contato com a pele, procurar manter a calma e evitar esforço desnecessário, não fazer torniquete ou amarrar no membro atingido. Isso não se usa mais. Deve-se também buscar atendimento na unidade de saúde ou hospital mais próximo –, alertou. Outra ação importante é levar a lagarta junto para que possa ser identificada a espécie e distinguido o seu tipo. Com isso, define-se a necessidade de usar o soro para neutralizar o efeito do veneno. “Essas orientações são válidas em caso de picada de qualquer animal peçonhento, arranhas, cobras, escorpiões e as taturanas”, observou Rafaela. Sintomas Dor e sensação de queimação no local onde ela passou Inchaço e vermelhidão são as manifestações iniciais Mal-estar Dor muscular Dor de cabeça Vômito até três dias após o contato Sinais de agravamento Sangramento pelo nariz, gengivas e urina Hematomas que podem evoluir até hemorragias intracranianas Complicações nasais http://www.infocors.com/

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