Vírus da zika: entenda transmissão, sintomas e relação com microcefalia
Publicado em 18/03/2016 às 00:00
Capa Vírus da zika: entenda transmissão, sintomas e relação com microcefalia
Vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Além de microcefalia, governo estuda possível relação com Guillain-Barré.
Identificado pela primeira vez no país em abril, o vírus da zika tem provocado intensa mobilização das autoridades de saúde no país. Enquanto a doença costuma evoluir de forma benigna – com sintomas como febre, coceira e dores musculares – o que mais preocupa é a associação do vírus com outras doenças. O Ministério da Saúde já confirmou a relação do vírus da zika com a microcefalia e investiga uma possível relação com a síndrome de Guillain-Barré. Veja o que já se sabe sobre o vírus: Como ocorre a transmissão? Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o vírus da zika também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Quais são os sintomas? Os principais sintomas da doença provocada pelo vírus da zika são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo. Como é o tratamento? Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias. Qual é a relação entre o vírus da zika e a microcefalia? A relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no mundo no fim de novembro pelo Ministério da Saúde brasileiro. A investigação ocorreu depois da constatação de um número muito elevado de casos em regiões que também tinham sido acometidas por casos de zika. Quais são as recomendações para mulheres grávidas? O Ministério da Saúde orienta algumas medidas para mulheres grávidas ou com possibilidade de engravidar tendo em vista a ocorrência de casos de microcefalia relacionados ao vírus da zika. Uma delas é a proteção contra picadas de insetos: evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelentes e permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção ou mosquiteiros. É importante informar o médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. Um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de microcefalia. Há risco de microcefalia se a mulher engravidar depois de se curar da zika? Segundo o médico Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o que se conhece sobre a relação entre o vírus da zika e a microcefalia é insuficiente para determinar se há risco de engravidar logo depois de se curar de uma infecção pelo vírus da zika. “O que se pode dizer, baseado em contextos gerais, é que parece que a viremia do vírus da zika é curta, ou seja, a pessoa infectada fica pouco tempo com o vírus circulando na corrente sanguínea.” Caso isso seja confirmado, é possível que não haja risco de gravidez logo após o fim da infecção, porém ainda é cedo para ter certeza. http://g1.globo.com/

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